O pódio foi completado pelo belga Bashir Abdi, que levou a prata, e pelo queniano Benson Kipruto, que garantiu o bronze. O desempenho de Tola foi dominante, chegando com uma vantagem de 21 segundos sobre o segundo colocado, mostrando sua superioridade e resistência ao longo do percurso nas ruas de Paris.
Esta edição da maratona olímpica teve um sabor especial e emotivo, dedicada à memória do queniano Kelvin Kiptum. Em outubro de 2023, Kiptum estabeleceu o recorde mundial ao vencer a maratona de Chicago, completando a prova em impressionantes 2h00min35s. No entanto, o mundo do atletismo foi abalado em fevereiro deste ano, quando Kiptum perdeu a vida tragicamente em um acidente de automóvel em seu país natal.
Outro grande nome esperado na maratona era o queniano Eliud Kipchoge, ícone da modalidade e bicampeão olímpico, tendo triunfado no Rio de Janeiro e em Tóquio. Porém, Kipchoge, com 39 anos, foi forçado a abandonar a prova na marca dos 30 quilômetros devido a dores lombares. De maneira digna, esperou ser ultrapassado por todos os concorrentes antes de ser resgatado, encerrando assim suas esperanças de um histórico tricampeonato.
Infelizmente, o Brasil não contou com representantes na maratona masculina em Paris. O paulista Daniel Nascimento, pré-classificado para os Jogos, foi suspenso às vésperas da competição por doping. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) confirmou a presença de três substâncias anabolizantes – drostanolona, metenolona e nandrolona – em seu teste. A suspensão de Danielzinho deixou o país sem representantes na prova masculina.
O encerramento das competições de atletismo em Paris ficará por conta da maratona feminina, marcada para a madrugada deste domingo, às 3h (horário de Brasília). Assim como na prova masculina, o Brasil não terá participantes na disputa feminina, fechando assim a participação do país nas maratonas desta edição dos Jogos Olímpicos.