O pleito para dirigir a CBF ocorrerá no próximo domingo (25). Para que sua candidatura fosse validada, Xaud necessitava do apoio declarado de, no mínimo, oito federações. Surpreendentemente, apenas duas das 27 federações (São Paulo e Mato Grosso) não respaldaram sua proposta, o que sugere que, na prática, ele poderá concorrer sem concorrentes. O prazo para a formalização de outras chapas se encerra na terça-feira (20).
Apesar de uma tentativa do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, de se candidatar, sua proposta parece ter encontrado um obstáculo. Embora tenha afirmado possuir apoio de outras federações, o registro de sua chapa não é viável diante das exigências do processo eleitoral, o que favorece a situação de Xaud, que deve se tornar o único concorrente na corrida pela presidência da CBF.
No mesmo dia em que Xaud anunciou sua candidatura, a Liga Forte União (LFU), que representa 32 dos 40 clubes das divisões principais, declarou apoio a Reinaldo. Contudo, três clubes da liga – Amazonas, CRB e Criciúma – optaram por firmar aliança com Xaud, unindo-se a um grupo de apoiadores já composto por grandes nomes como Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco.
Samir Xaud, de 41 anos, possui uma sólida formação acadêmica em medicina esportiva e conhece bem o ambiente do futebol, sendo filho de Zeca Xaud, que presidiu a Federação Roraimense por quatro décadas. Recentemente, a CBF elogiou sua gestão em Roraima, ressaltando sua capacidade de revolucionar o futebol local em termos de organização e visibilidade.
Na eleição, as 27 federações e os 40 clubes das duas principais divisões do Brasileirão terão direito a voto. O peso dos votos estaduais é maior, o que torna a adesão de um número considerável de federações crucial para o sucesso de qualquer candidato. Para ser eleito, Samir Xaud requer apoio de pelo menos 23 federações, o que parece viável dado o panorama atual.
Além disso, sua chapa contempla à vice-presidência cinco presidentes de federações, incluindo figuras como Ednailson Leite Rozenha, do Amazonas, e Michelle Ramalho Cardoso, da Paraíba. Recentemente, a CBF viveu uma turbulência, com o afastamento do ex-presidente Ednaldo Rodrigues em meio a controvérsias relacionadas a um acordo jurídico com o Supremo Tribunal Federal, abrindo espaço para mudanças significativas no comando da entidade. Com este cenário em rápida evolução, a figura de Xaud se destaca como um potencial agente de transformação no futebol brasileiro.
