ESPORTE – Rebeca Andrade conquista prata em Paris e se torna maior medalhista olímpica brasileira

Em um desempenho emocionante nos Jogos Olímpicos de Paris, Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata na final do individual geral da ginástica artística nesta quinta-feira (1). A ginasta brasileira destacou que esse triunfo é o resultado de um trabalho árduo, não apenas dela, mas de toda a equipe que a apoia na capital francesa. “Acho que isso é trabalho, né gente? A gente trabalha muito ali dentro do ginásio”, disse Rebeca. Ela mencionou a importância de seu treinador, Chico Porath, e de toda a equipe multidisciplinar, cuja contribuição foi fundamental para que ela estivesse em forma tanto física quanto mentalmente: “Para eu estar aqui hoje, eles foram essenciais. Meu corpo está cansado, minha mente está cansada.”

Com essa conquista, Rebeca se tornou a atleta brasileira que mais arrecadou medalhas olímpicas na história. Acrescentando a prata de Paris às suas realizações anteriores, incluindo o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio 2020, assim como o bronze por equipe também em Paris 2024, ela consolidou ainda mais seu legado.

Rebeca atribuiu seu sucesso ao controle mental durante a prova: “Foi uma competição na qual estava bem tranquila. Eu consegui fazer cada movimento, eu conseguia pensar em cada movimento que estava fazendo.” Essa concentração e serenidade foram, segundo ela, essenciais para alcançar um desempenho excepcional. “Isso é essencial pra que possamos controlar nosso corpo. E acho que por isso veio esse resultado, um resultado excelente, estou muito feliz.”

No entanto, ao ser questionada sobre o futuro de sua carreira, Rebeca deixou no ar a possibilidade de deixar de competir no individual geral. Aos 25 anos, a atleta comentou sobre as dificuldades e exigências da modalidade, especialmente para quem já enfrentou lesões significativas. “Para mim é muito difícil fazer a individual geral. Foram três dias de competição fazendo os quatro aparelhos, já é muito complicado. Depois das minhas lesões, acabou ficando um pouco mais difícil”, explicou. Ela também ponderou sobre a natureza extenuante da competição: “Para qualquer atleta, independente de lesão ou não, é muito difícil. E gente também já deu, né?”

Rebeca enfatizou que, apesar dos desafios, ela está em paz com sua decisão e satisfeita com sua performance: “Eu fiz o melhor aqui. Eu terminei bem, graças a Deus. Não vou ficar com o peso na consciência e falar: ‘será que eu vou ter que fazer o ano que vem de novo?’ Não, deu tudo certo. Eu estou tranquila com isso também, faz parte do esporte.”

Assim, enquanto o futuro de Rebeca Andrade nas competições de ginástica ainda pode ser uma incógnita, uma coisa é certa: sua determinação e resiliência já a elevaram ao status de lenda viva do esporte brasileiro.

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