O ano de 2026, no entanto, promete ser menos intenso em termos de grandes competições. As etapas da World Series e os Jogos Parasul-Americanos, que ocorrerão em duas cidades colombianas, Valledupar e Agustín Codazzi, serão os principais pontos no calendário. Apesar disso, a preparação para a Paralimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, segue como uma prioridade. Maria Carolina Santiago, uma das principais atletas da natação paralímpica feminina do Brasil, destacou a importância deste ano de transição.
Santiago, que compete na classe S12 devido à sua deficiência visual, teve uma ascensão meteórica desde que migrou da natação convencional para a modalidade adaptada em 2018. Com dez medalhas, incluindo seis ouros em apenas duas Paralimpíadas, ela se consolidou como a maior campeã paralímpica do país. Em Paris, Carol se destacou ao conquistar ouros nos 50 e 100 metros livres, além de ter um desempenho notável nos 100 metros costas.
Para otimizar sua performance, ela e seu treinador decidiram reduzir seu número de provas individuais de seis para três, dando foco às distâncias em que já obteve sucesso. Esta estratégia se mostrou acertada durante o Mundial de Singapura em 2025, onde Carol repetiu seus feitos de Paris e conquistou ainda mais pódios. O reconhecimento de seu esforço veio com sua quarta vitória como atleta feminina do ano no Prêmio Brasil Paralímpico, consolidando sua posição como a maior ganhadora do troféu entre as mulheres.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Carol expressou que a superação de desafios tornou-se parte de sua trajetória. “O primeiro ano após os Jogos é sempre importante. É um momento de avaliação e preparação, e o Mundial se aproxima muito de uma Paralimpíada. Avalio que esse foi um pontapé inicial bem dado”, declarou a multicampeã, mantendo o foco em 2026 e além, com o sonho de brilhar novamente em Los Angeles.
