A medida busca resgatar a ideia de que os estádios são lugares de celebração do esporte, diversão e socialização das famílias. Durante a cerimônia, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou a importância do futebol brasileiro como símbolo nacional. Ele ressaltou que, mesmo com os desentendimentos e insatisfações pontuais, quando chega a Copa do Mundo, todos se unem em torno da Seleção Brasileira.
O projeto Estádio Seguro inclui a prevenção e repressão de crimes, assim como medidas restritivas na entrada e ao redor dos estádios. Serão utilizados mecanismos de inteligência e tecnologia para identificar torcedores com medidas judiciais de afastamento dos estádios, pessoas desaparecidas e indivíduos com mandados de prisão em aberto.
O acordo também poderá ser utilizado por entidades de outras modalidades esportivas, permitindo o diálogo entre sistemas para consultar a base de dados de segurança pública por meio do CPF nos ingressos. Testes já foram realizados no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, desde o final do ano passado. A tecnologia de catracas inteligentes identifica torcedores com mandados em aberto ou com restrições judiciais, bloqueando imediatamente o acesso.
As federações estaduais e clubes brasileiros foram convidados a participar do projeto, mas a adesão não é obrigatória. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ressaltou que o Estádio Seguro será importante no combate à violência e ao racismo nos estádios, garantindo a identificação e punição de torcedores irresponsáveis e criminosos.
A previsão é que o Estádio Seguro entre em operação ainda este ano, durante os jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro. As medidas irão afetar desde a venda dos ingressos até a entrada nos estádios. O acordo também tem o objetivo de coibir o cambismo, com a venda individualizada de ingressos vinculados ao CPF do torcedor, evitando o uso de ingressos inválidos vendidos por cambistas.
Além disso, o ministro do Esporte, André Fufuca, destacou que essa medida é importante para fortalecer a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027. Para isso, é necessário ter estádios seguros, que permitam a família sair e que sirvam de exemplo para o mundo, assim como aconteceu na Copa do Mundo masculina e nos Jogos Olímpicos passados.
Fufuca também anunciou que irá criar, juntamente com a CBF, um grupo de trabalho para adotar o ingresso social, visando à inclusão de pessoas que não têm condições financeiras de arcar com o valor dos ingressos.
O programa Estádio Seguro demonstra a preocupação do governo em garantir a segurança e a tranquilidade nos estádios e arenas esportivas do país, promovendo a união das famílias em torno do esporte e reforçando a imagem positiva do futebol brasileiro.