Com uma população de aproximadamente 185 mil pessoas com deficiência, a Prefeitura de Paris investiu cerca de 22 milhões de euros em obras de acessibilidade nos últimos anos. Atualmente, 59 das 61 linhas de ônibus municipais são consideradas adaptadas, com pelo menos 70% dos pontos acessíveis. Além disso, semáforos com módulos sonoros foram instalados em 2,5 mil locais para auxiliar pessoas com deficiência visual.
Um dos objetivos da cidade é garantir que haja pelo menos uma escola adaptada a cada 15 minutos de caminhada, para atender aos mais de 12 mil alunos com deficiência. A meta é ter mais de 240 mil unidades acessíveis até 2026. Além disso, a prefeitura pretende tornar 90% dos imóveis públicos acessíveis até o próximo ano.
Em relação às instalações esportivas, seis locais já foram reformulados para atender melhor às necessidades das pessoas com deficiência. A Piscina Georges Vallerey, por exemplo, recebeu melhorias, como pisos táteis, rampas e espaço para cães-guia.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados. O sistema de metrô de Paris é um dos pontos críticos devido à falta de acessibilidade em muitas estações. Apenas 29 das mais de 300 estações são consideradas adequadas para pessoas com deficiência. A presidente do Conselho Regional da Ilha da França apresentou um projeto para tornar o metrô 100% acessível, mas as obras são complexas e podem levar anos para serem concluídas.
Barcelona é citada como exemplo de cidade que se tornou referência em acessibilidade após sediar os Jogos Paralímpicos em 1992. Um plano de acessibilidade local foi implementado entre 1995 e 2004, tornando quase todas as estações de metrô acessíveis.
A Paralimpíada em Paris tem colocado em destaque a importância da acessibilidade e os desafios que ainda precisam ser superados. O legado desses jogos pode ser sentido não apenas durante o evento, mas também nas melhorias e transformações que eles deixam para a cidade hospedeira.
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