Desde o início das investigações, sete membros da equipe médica de Maradona foram acusados de homicídio culposo, alegadamente por negligência durante o tratamento que ele recebia após uma cirurgia. No julgamento, que teve início em 11 de março, os réus se declararam inocentes das acusações de “homicídio simples com dolo eventual”, que poderiam resultar em penas de prisão variando de oito a 25 anos. A decisão de anular o julgamento vem em meio a controvérsias sobre a condução do processo.
A situação no tribunal se complicou na terça-feira, quando uma das três juízas do caso, Julieta Makintach, renunciou em meio a alegações de violações éticas. Seu afastamento ocorreu após a divulgação de um vídeo que a mostrava sendo filmada por uma equipe de documentário nos corredores do tribunal e em seu escritório, o que infringia as normas judiciais. Essa conduta gerou indignação e levou à anulação do julgamento, exacerbando o clima de tensão em torno do caso.
O advogado de defesa Miguel Angel Pierri expressou seu descontentamento com a situação, descrevendo-a como um “grande constrangimento”. Até o momento, não foi anunciada uma nova data para o julgamento nem novos juízes para o caso, deixando em aberto o futuro da disputa legal. A morte de Maradona, que continua reverberando nas memórias e corações dos argentinos, traz à tona questões profundas sobre responsabilidade médica e ética no tratamento de figuras públicas. O desfecho deste caso continua a ser uma história a ser acompanhada de perto.