A trajetória de Giullia no torneio olímpico teve um início promissor. Na manhã desta sexta-feira, ela superou a alemã Sandra Paruszewski na repescagem com uma vitória contundente de 7 a 0, garantindo assim a chance de brigar pela medalha. Seu desempenho foi impecável, começando com uma vitória por imobilização nas oitavas de final contra Rckaela Maree Ramos Aquino, de Guam, no dia anterior (8).
Contudo, o caminho não foi livre de obstáculos. Nas quartas de final, Giullia enfrentou a moldava Anastasia Nichita, que conseguiu uma vitória por 5 a 0, pondo um desafio significativo no caminho da brasileira. A derrota inicialmente significava o fim da linha para Giullia, mas a dinâmica do wrestling olímpico permitiu um retorno improvável. No wrestling, os atletas derrotados nas quartas de final podem ser trazidos de volta à repescagem caso seus algozes avancem para a final.
Foi exatamente isso que aconteceu quando Nichita garantiu seu lugar na disputa pelo ouro, após vencer Hong Kexin na semifinal. Essa vitória permitiu que Giullia ingressasse novamente na competição, agora para lutar pela medalha de bronze.
A luta decisiva contra Hong Kexin é, portanto, não apenas uma chance para Giullia brilhar, mas também para quebrar um tabu olímpico brasileiro. Até agora, o melhor desempenho do Brasil no wrestling olímpico foi um 8º lugar conquistado por Rosângela Conceição em Pequim, 2008.
Se Giullia vencer, será uma conquista histórica para o esporte brasileiro, além de servir como uma importante inspiração para futuras gerações de lutadores. A expectativa é alta, e o país estará assistindo com grande esperança e orgulho essa importante batalha.