A bateria entre Medina e Robinson começou com muita expectativa, mas logo se tornou uma guerra de paciência. O mar pequeno e com condições adversas exigiu dos atletas uma estratégia meticulosa. Robinson foi o primeiro a encontrar uma oportunidade, embora inicial tímida, ao pegar duas ondas em sequência após oito minutos de espera, marcando 0,50 ponto na primeira e 4,50 na segunda.
Medina respondeu à altura com uma excelente performance em sua única onda significativa da bateria, conseguindo 6,33 pontos. A aposta do brasileiro em manter a prioridade para buscar uma segunda oportunidade melhor se mostrou arriscada. Enquanto aguardava por um momento ideal, Robinson não perdeu tempo e, com muita habilidade, tirou um tubo do nada, arrancando um impressionante 7,83 dos juízes e colocando-se em uma posição muito confortável na competição.
Sob a pressão de buscar uma onda que lhe permitiria virar o jogo, Medina preferiu esperar pela oportunidade perfeita, fiel à estratégia de utilizar sua prioridade. No entanto, o cenário das ondas não colaborou. O tempo passou, as tão aguardadas boas ondas não vieram, e Medina viu suas chances de avançar à final se esvaírem.
A vitória de Robinson carimbou o passaporte do australiano para a grande final, deixando Medina com a batalha pelo bronze. A próxima missão do brasileiro será crucial, enfrentando Alonso Correa, que também busca seu lugar no pódio após a derrota na semifinal. A performance neste confronto poderia reforçar ou redimir a campanha de Medina nos Jogos Olímpicos de Paris, acrescentando mais um capítulo às suas conquistas no mundo do surfe.