O caminho para o bronze não foi fácil para o tricampeão mundial. Medina enfrentou dificuldades na semifinal, onde foi derrotado pelo australiano Jack Robinson por 12,33 a 6,33. Naquela ocasião, Medina conseguiu surfar apenas uma vez na bateria, sendo severamente prejudicado pelas condições adversas do mar de Teahupoo e pela estratégia de manter a prioridade para capturar uma boa onda, que acabou por não se concretizar. A frustração da semifinal, contudo, serviu de aprendizado para a batalha pelo terceiro lugar.
Contra Alonso Correa, Medina exibiu uma mudança tática e uma performance técnica impressionante. Em um mar com ondas pequenas, o brasileiro adaptou-se rapidamente e conseguiu encaixar manobras contundentes que lhe renderam duas notas de 7,77, suficientes para garantir a vantagem sobre o peruano e assegurar a medalha de bronze.
Em suas declarações após a vitória, Gabriel Medina revelou a satisfação de alcançar o pódio olímpico. “Fico feliz com a medalha. Eu treinei bastante esse ano para isso. Claro que o foco estava na medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico. Fico feliz pelo meu trabalho. Eu sinto que eu merecia muito essa medalha. Sou apaixonado pelo meu país, então fico feliz de ter representado ele muito bem”, disse ele.
Medina também comentou sobre a difícil semifinal marcada pela falta de ondas, um fator que o prejudicou significativamente. “Faz parte. Temos que saber lidar com o mar. Infelizmente, a minha primeira bateria foi de poucas ondas. Mas faz parte do esporte. Fico feliz por ter dado o meu melhor. E isso é o que importa, independente do resultado. Começou de forma triste, mas terminou de forma feliz”, concluiu.
A vitória reafirma a posição de Gabriel Medina como um dos grandes nomes do surfe mundial e inspira novos atletas em todo o Brasil a seguir seu exemplo de resiliência e determinação.







