Gabriel Araújo, o ‘Gabrielzinho’: um ícone da natação paralímpica brasileira
Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, um prodígio da natação paralímpica, já deixou sua marca indelével na história do esporte brasileiro. Com apenas 23 anos, o atleta mineiro acumula impressionantes feitos, incluindo três títulos mundiais em provas distintas e seis medalhas, sendo cinco delas de ouro e uma de prata, conquistadas em apenas duas edições dos Jogos Paralímpicos. Essas conquistas, no entanto, não são apenas fruto de seu talento individual, mas também do trabalho conjunto com seu treinador, Fábio Antunes.
Desde 2015, Gabriel e Fábio formam uma dupla imbatível. Eles começaram sua jornada juntos no Clube Bom Pastor, em Juiz de Fora, até mudarem para o Praia Clube, em Uberlândia. Gabrielzinho, que nasceu com focomelia, uma condição que afeta a formação dos membros, se transformou em uma referência na classe S2, a segunda mais desafiadora no panorama da natação paralímpica.
O nadador destaca a importância do entrosamento com Fábio, afirmando que o treinador é “a mente pensante” por trás de suas vitórias. “Se precisar de um tempo para ajustar as coisas, ele sempre me concede”, compartilha. Essa dinâmica de trabalho é marcada pela alegria e pela busca constante de aperfeiçoamento. Gabriel acredita que realizar as atividades com felicidade torna o processo competitivo menos estressante e mais eficiente.
Recentemente, durante o Campeonato Mundial em Singapura, Gabrielzinho não só conquistou ouro nas provas de 50 e 100 metros costas e 200 metros livre, como também quebrou o recorde de sua classe nos 150 metros medley, mesmo competindo contra nadadores de categorias superiores. Esse desempenho extraordinário o garantiu como vencedor do Prêmio Brasil Paralímpico como atleta masculino da temporada pelo terceiro ano consecutivo.
A trajetória de Gabrielzinho não só o consagrou como um dos principais nomes da natação paralímpica, mas também destaca o papel essencial de seu treinador, Fábio Antunes, que, após integrar a comissão técnica da seleção brasileira, foi reconhecido como o melhor treinador de modalidade individual. Juntos, eles demonstram que a combinação de talento, trabalho em equipe e alegria é a receita para o sucesso nos desafios que vêm pela frente. A cumplicidade entre atleta e treinador é uma lição valiosa sobre a importância das parcerias na busca pelos sonhos, especialmente em um esporte técnico e desafiador como a natação paralímpica.







