ESPORTE – Finalistas da Copa reforçam a ascensão do futebol feminino europeu e consolidam seu protagonismo



A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023 mostrou que o futebol feminino está encontrando um novo centro na Europa. A final entre duas seleções europeias consolida um movimento crescente que já vinha sendo observado antes mesmo do início do torneio. Embora países europeus como Alemanha, Noruega e Suécia sempre tenham sido forças no futebol feminino, desde 2007 a taça da Copa do Mundo não ia para o continente. Nas últimas três finais, apenas uma seleção europeia havia chegado à final.

O fortalecimento dos torneios, como a Liga dos Campeões, e o aumento de investimento e profissionalização contribuíram para o aumento da visibilidade do futebol feminino na Europa. Na Copa do Mundo de 2019, a liga de futebol feminino dos EUA foi a que teve mais jogadoras convocadas, seguida pelas ligas da Espanha, França e Inglaterra. No entanto, no torneio deste ano, houve uma queda na representatividade estadunidense, enquanto as ligas inglesa e espanhola cresceram em importância.

Na Inglaterra, o investimento no futebol feminino tem sido significativo. O patrocínio do Barclays para o Campeonato Inglês e o acordo de transmissão com a BBC e a Sky Sports demonstram o aumento do interesse e do apoio ao esporte. Os clubes ingleses têm atraído jogadoras de destaque internacional, como a australiana Sam Kerr e a dinamarquesa Pernille Harder. Já na Espanha, o investimento foi mais recente, mas perspectivas positivas estão surgindo com acordos de patrocínio e direitos de transmissão.

Esses investimentos têm dado resultado, tornando o futebol feminino um produto atrativo. A Eurocopa do ano passado, disputada na Inglaterra, teve uma grande presença de público nos estádios e uma audiência global significativa. Partidas de clubes como Barcelona e Wolfsburg também atraíram público em números recordes. Esses números indicam o potencial de crescimento do futebol feminino na Europa.

No Brasil, o futebol feminino também está passando por transformações importantes. A obrigatoriedade para os clubes da Série A do Brasileirão masculino terem equipes femininas tem trazido visibilidade e investimento para o esporte. O patrocínio da Neoenergia e o aumento na premiação do Brasileirão feminino são exemplos disso. Apesar de ainda não ser um polo global no futebol feminino, o Brasil tem se consolidado como referência na América do Sul.

O futuro é promissor para o futebol feminino na Europa. A UEFA projeta um aumento significativo no retorno comercial do esporte nos próximos anos. No Brasil, as transformações recentes indicam um crescimento contínuo. A presença de jogadoras estrangeiras no Brasileirão e o desempenho da Colômbia no Mundial são exemplos disso. O futebol feminino está ganhando mais visibilidade e oportunidades, e os resultados estão se refletindo dentro de campo.

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