Com sua vitória, Filipinho mantém a supremacia do Brasil no circuito mundial de surfe. Desde 2014, quando Gabriel Medina se tornou campeão mundial pela primeira vez, o país conquistou sete dos nove títulos disputados. As únicas exceções foram em 2016 e 2017. A partir de 2018, o troféu tem sido sempre para um surfista brasileiro.
Gabriel Medina continua sendo o surfista brasileiro com mais títulos mundiais, com três conquistas. Além dele e de Filipinho, Adriano de Souza, conhecido como Mineirinho, e Ítalo Ferreira também já foram campeões.
O WSL Finals reuniu os cinco melhores surfistas da temporada, incluindo dois brasileiros: Filipinho e João Chianca, conhecido como Chumbinho. Sendo o líder do circuito, Filipinho avançou direto para a final, sem precisar disputar as baterias preliminares.
Chumbinho estreou vencendo o australiano Jack Robinson, mas foi eliminado por Ethan Ewing nas semifinais. Este último também conseguiu vencer o norte-americano Griffin Colapinto, garantindo assim sua vaga na final.
Na primeira bateria da final, Filipinho e Ewing tiveram uma disputa equilibrada, obtendo notas elevadas. Com duas manobras aéreas perfeitas, o brasileiro recebeu um 9.00 e um 8.97, totalizando 17.97 pontos. Já o australiano conseguiu 17.23 pontos. Apesar de ter vencido a primeira bateria da final, a falta de ondas dificultou a pontuação dos surfistas na bateria seguinte. Filipinho mostrou criatividade e conseguiu um 7.50, enquanto Ewing obteve apenas um 4.70, resultando em uma soma total de 14.27 pontos para o brasileiro e 12.37 pontos para o australiano.
No feminino, o título do WSL Finals foi conquistado pela norte-americana Caroline Marks, que superou a havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial. A brasileira Tatiana Weston-Webb terminou a temporada na oitava posição.
Filipinho também está se preparando para competir nas Olimpíadas. Em 2024, ele buscará seu terceiro título e representará o Brasil junto com Chumbinho. Há a possibilidade de uma terceira vaga para o país se ele se tornar campeão por equipes no Campeonato Mundial da Associação Internacional de Surfe (ISA) em fevereiro.
No feminino, Tatiana Weston-Webb já garantiu sua vaga nas Olimpíadas, e o Brasil pode conquistar uma segunda vaga se vencer o Mundial da ISA por equipes. Essa vaga seria destinada à melhor surfista do país que ainda não estiver classificada. Luana Silva, nascida no Havaí, mas filha de pais brasileiros, pode ficar com essa vaga extra em Paris 2024.