Uma das inovações mais relevantes é a inclusão, no artigo 15 do Código, do tema “Discriminação e Racismo”. Esta seção amplia um protocolo previamente estabelecido no ano passado, que orientava árbitros sobre como lidar com casos de racismo durante as partidas. Anteriormente, era necessário que o árbitro tomasse a iniciativa de interromper o jogo seguindo uma sequência de três etapas: parar, suspender ou, em última instância, encerrar a partida. Agora, a nova normativa permite que qualquer jogador ou membro das equipes notifique o árbitro sobre ofensas racistas, possibilitando a aplicação imediata do protocolo. Se as ofensas persistirem, o árbitro poderá optar por paralisar ou até encerrar a partida.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, enfatizou o compromisso da entidade no enfrentamento da discriminação. Durante discurso no Congresso da FIFA em Assunção, no Paraguai, ele destacou a gravidade do racismo, considerando-o um crime que vai além do cenário esportivo. Infantino também mencionou a colaboração com governos e organizações internacionais, como a ONU, para garantir que a luta contra o racismo seja integrada às legislações nacionais em todo o mundo.
Adicionalmente, o novo Código Disciplinar fortalece a autoridade da FIFA, que poderá interpor recursos ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) em relação a decisões sobre abusos racistas. A FIFA também se resguarda o direito de intervir caso uma Associação-Membro não investigue adequadamente os incidentes de discriminação e não processe os culpados. Essa mudança reflete uma postura mais proativa da entidade em sua missão de erradicar o racismo no futebol e reafirma o seu papel como guardiã dos princípios de inclusão e respeito no esporte.
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