Em um comunicado oficial, o Flamengo declarou que compreende a dor insuperável da perda de um ente querido e que, mesmo reconhecendo que nenhum valor monetário pode substituir a vida de um filho ou irmão, optou por encerrar o litígio e proporcionar à família a compensação financeira acordada. O valor da indenização permanece em sigilo, conforme estipulado no acordo judicial.
Em 2020, a Justiça havia determinado que o clube pagasse R$ 2,82 milhões por danos morais aos pais de Christian, valor a ser dividido igualmente entre eles, além de R$ 120 mil ao irmão do goleiro. Também foi estabelecida uma pensão mensal de R$ 7 mil, paga de forma voluntária até 2048 ou até o falecimento dos pais.
A tragédia que abalou o futebol brasileiro e o Clube de Regatas do Flamengo aconteceu em fevereiro de 2019, quando um incêndio no Ninho do Urubu resultou na morte de dez jovens atletas e deixou outros três feridos. O alojamento das categorias de base, que não possuía alvará para funcionar, foi consumido pelas chamas de forma rápida e devastadora.
Os peritos apontaram que o incêndio teve início em um aparelho de ar condicionado e se espalhou rapidamente devido ao material inflamável dos contêineres. A maioria dos atletas conseguiu escapar, mas os dez jovens não tiveram a mesma sorte, deixando um vazio irreparável nas famílias e no mundo esportivo.
A resolução do caso representa um passo importante na tentativa de reparar os danos causados pela tragédia e demonstra a responsabilidade do Flamengo em lidar com as consequências de um dos momentos mais sombrios de sua história. Que a memória de Christian Esmério e dos demais jovens perdidos nesse trágico incidente permaneça viva e que a justiça seja feita em nome de suas famílias.