Durante o seu depoimento, o ex-lateral direito de 40 anos do Barcelona (Espanha) falou calmamente, mas encerrou a sessão com lágrimas nos olhos. Ele relatou que a mulher tocou seus órgãos genitais enquanto dançavam e que ela voluntariamente o acompanhou ao banheiro, onde realizou sexo oral nele e tiveram relações sexuais.
Questionado se havia forçado a mulher a fazer sexo ou agido violentamente, Alves respondeu de forma negativa, dizendo que não era um homem violento e que nunca agiu dessa forma.
O depoimento de Alves encerrou três dias de testemunhos no julgamento, que agora entrará na fase de deliberação por um painel com três juízes.
A promotoria pública acusa Alves de ter forçado a mulher a fazer sexo sem seu consentimento e sem usar uma camisinha. A mulher de 23 anos prestou depoimento atrás de uma tela e com voz distorcida para proteger sua identidade.
A Promotoria pede uma sentença de nove anos de prisão e que Alves pague indenização de 150 mil euros à mulher. Já a mulher quer uma sentença de prisão de 12 anos.
Daniel Alves foi detido em janeiro do ano passado e está sendo mantido em prisão preventiva desde então.
Em um primeiro momento, ele negou ter tido qualquer encontro sexual com a mulher e disse que não a conhecia. Depois, afirmou que praticou sexo consensual com ela no banheiro de uma boate, acrescentando que havia originalmente negado isso para proteger seu casamento.
O caso atraiu muita atenção não apenas pela fama de Alves, mas também porque agressão sexual é um tema político importante na Espanha.
Duas amigas da mulher que acusa Alves também prestaram depoimento, onde alegaram que o ex-jogador as apalpou naquela noite, antes de ter supostamente agredido sexualmente sua amiga.
O julgamento agora aguarda a deliberação do painel de juízes para que uma sentença seja proferida.
