O Brasil, que por duas vezes anteriormente (Atenas 2004 e Pequim 2008) havia ficado com a prata após enfrentar as norte-americanas na final, repetiu a história mais uma vez em Paris. Mesmo com um desempenho notável ao longo do torneio, especialmente com vitórias emocionantes sobre a França e a Espanha nas fases eliminatórias, a equipe comandada por Arthur Elias viu seu sonho de ouro frustrado.
Mantendo a mesma estratégia que deu bons resultados nas fases anteriores, Elias optou por iniciar a partida com Marta no banco de reservas. A craque brasileira, que ficou de fora das quartas e semifinais devido à suspensão, estava liberada para o jogo decisivo, mas começou entre as suplentes.
Desde os primeiros minutos, a seleção brasileira imprimiu um ritmo forte, focando na marcação e na rápida transição para o ataque. Logo aos dois minutos, Ludmila teve a primeira oportunidade clara, mas acabou finalizando nas mãos da goleira adversária, Naeher.
O Brasil teve dificuldades para manter a posse de bola, mas seguiu criando chances, com destaque para as intervenções do VAR que anularam um gol de Ludmila por impedimento e desconsideraram um possível pênalti em Adriana. No entanto, a pintura do jogo veio aos onze minutos do segundo tempo. Uma bola lançada em profundidade encontrou Swanson bem posicionada após a interferência de sua companheira Smith, que estava em posição de impedimento. O VAR validou o gol, o que gerou muita discussão.
Marta entrou em campo logo após o gol adversário na esperança de mudar o rumo da partida. Entretanto, o Brasil encontrou dificuldades para criar oportunidades claras de gol. A melhor chance para as brasileiras veio nos acréscimos, quando Adriana apareceu livre, mas Naeher fez uma defesa impressionante com a mão direita, garantindo a vitória norte-americana.
Marta se despede dos Jogos Olímpicos com mais uma prata, sendo a única atleta da equipe brasileira atual que participou das finais em Atenas e Pequim. Com 13 gols marcados ao longo de suas participações olímpicas, ela conclui sua trajetória nos Jogos como a segunda maior artilheira da história da competição, ficando atrás apenas de Cristiane, que marcou 14 gols.
Encerrando com chave de ouro sua campanha, as norte-americanas confirmaram a supremacia com seis vitórias em seis jogos, solidificando ainda mais sua posição como uma das maiores forças do futebol feminino mundial. Para o Brasil, fica o orgulho de mais uma medalha e a esperança de que dias ainda melhores estão por vir.