ESPORTE – Confusão racial mancha festa de acesso do Bahia à Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025

Na noite da última segunda-feira (8), a zagueira do Bahia, Suelen Santos, teve uma comemoração agridoce após garantir o acesso à Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025. O time tricolor, conhecido como Mulheres de Aço, empatou sem gols contra o JC Futebol Clube-AM, mas avançou para as semifinais da Série A2 devido à vitória por 2 a 0 no primeiro jogo. No entanto, a festa foi abalada por uma confusão no gramado do Estádio de Pituaçu, em Salvador.

Durante a partida, houve uma discussão entre as jogadoras do Bahia e o técnico do time amazonense, Hugo Duarte. Em meio ao tumulto, Suelen acusou Duarte de proferir xingamentos racistas contra ela, o que levou a uma intervenção da Polícia Militar para apartar a briga. O técnico foi preso sob suspeita de injúria racial e o caso foi registrado na Central de Flagrantes.

Em um posicionamento nas redes sociais, Suelen repudiou o ocorrido e reafirmou seu direito à igualdade, sem discriminação de raça ou etnia. Ela destacou a importância de denunciar atos racistas e afirmou que não se calará diante de atitudes discriminatórias. O Bahia também se pronunciou, lamentando o episódio no estádio e manifestando solidariedade à jogadora, além de cobrar uma resposta que condene a gravidade do assunto.

O JC Futebol Clube também se pronunciou nas redes sociais, condenando qualquer ato de racismo e afirmando que o clube está investigando os acontecimentos para tomar as medidas necessárias. O time amazonense reafirmou sua posição contra qualquer tipo de preconceito e ressaltou a importância de esclarecer os fatos para evitar informações infundadas que possam prejudicar os envolvidos.

O caso repercutiu nas redes sociais e na imprensa esportiva, gerando debates sobre a necessidade de combater o racismo e a discriminação no esporte. A acusação de injúria racial levantou questões sobre a lei sancionada pelo presidente Lula no ano passado, que equiparou a injúria racial ao crime de racismo e ampliou a pena para cinco anos de prisão. Diante desse contexto, espera-se que o caso seja investigado e julgado com rigor, para que atos discriminatórios como esse sejam combatidos de forma eficaz.

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