ESPORTE – Confusão racial mancha conquista do Bahia pela vaga na Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025



Na noite da última segunda-feira (8), a zagueira Suelen Santos, do Bahia, deveria estar comemorando a conquista do acesso à Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025. Após um empate sem gols contra o JC Futebol Clube-AM no jogo de volta das quartas de final, as Mulheres de Aço garantiram a classificação para as semifinais da Série A2, graças à vitória por 2 a 0 no confronto anterior. No entanto, a festa foi interrompida por uma confusão que se instaurou no gramado do Estádio de Pituaçu, em Salvador.

Durante a discussão entre jogadoras do Bahia e o técnico Hugo Duarte, do time amazonense, Suelen afirmou ter sido vítima de um xingamento racista proferido por Duarte. A situação gerou um tumulto que precisou da intervenção da arbitragem e até da Polícia Militar para conter. Posteriormente, Suelen, Hugo Duarte e outras testemunhas foram encaminhados à Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado. Apesar de negar as acusações de racismo, Hugo Duarte foi preso por suspeita de injúria racial.

É importante ressaltar que, em janeiro do ano passado, o presidente Lula sancionou uma lei que equiparou o crime de injúria racial ao de racismo, com aumento da pena de dois para cinco anos de prisão. O crime de racismo é considerado inafiançável e imprescritível. No dia seguinte ao ocorrido, Suelen usou suas redes sociais para repudiar o episódio de racismo que vivenciou.

Tanto o Bahia quanto o JC Futebol Clube se pronunciaram através de notas oficiais em suas redes sociais. O Bahia lamentou o acontecimento no estádio de Pituaçu e manifestou solidariedade a Suelen, cobrando uma resposta à altura da gravidade do assunto. Já o JC Futebol Clube condenou qualquer ato de racismo ou injúria racial e afirmou que está averiguando as informações para tomar as medidas cabíveis, reforçando que o clube é contra qualquer tipo de preconceito.

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