O tribunal de Madri, em comunicado oficial, detalhou que Ancelotti, que comanda o Real Madrid em dois períodos distintos — de 2013 a 2015 e entre 2021 e 2025 — foi absolvido de uma acusação semelhante referente ao ano de 2015. O tribunal não conseguiu estabelecer provas suficientes de que o treinador permanecia na Espanha tempo o bastante para ser responsabilizado por dívidas fiscais. Após sua saída do Real Madrid em maio de 2015, Ancelotti se mudou para Londres, o que complicou as questões legais em seu favor naquela época.
Importante destacar que, segundo a legislação espanhola, penas inferiores a dois anos por crimes não violentos não costumam resultar em cumprimento de pena para réus sem antecedentes criminais. Portanto, a situação legal de Ancelotti pode permitir que ele evite a prisão efetiva, dependendo das interpretações e das possíveis apelações legais em andamento.
A condenação de Carlo Ancelotti se insere em um contexto mais amplo de atenção por parte das autoridades fiscais espanholas em relação a figuras proeminentes do futebol. O técnico, de 66 anos, não é o primeiro nome de destaque a ser alvo de investigações dessa natureza; muitos outros clubes e jogadores também enfrentaram problemas semelhantes relacionados a fraudes fiscais em anos anteriores.
Essa situação levanta debates sobre a gestão financeira no futebol, especialmente em torno de direitos de imagem e suas implicações fiscais. Com a reputação de Ancelotti em jogo, o caso se torna um ponto de interesse não apenas para os fãs do esporte, mas também para quem acompanha a interseção entre legislação e o mundo do futebol.