Esse valor coloca Amanda no mesmo patamar que a contratação da zagueira americana Naomi Girma pelo Chelsea, também por US$ 1,1 milhão, uma transação que até então figurava como a quinta mais cara da modalidade. Contudo, o acordo que envolve Amanda pode incluir bonificações ao Palmeiras, o que poderá elevar ainda mais o montante final.
Com essa movimentação, Amanda Gutierres se torna a jogadora mais cara do futebol feminino brasileiro, superando a marca anterior de R$ 2,8 milhões recebida pelo Internacional em 2024 na venda da atacante Priscila para o América do México. A negociação também se destaca na história do futebol nacional, superando a transferência da zagueira Tarciane, que trocou o Corinthians pelo Houston Dash, por R$ 2,59 milhões no ano passado.
Mercado internacional também está agitado. A transferência da volante francesa Grace Geyoro para o London City Lionesses, anunciada recentemente, é considerada a mais alta da modalidade, com um valor estimado em US$ 1,93 milhão. Embora o executivo do clube inglês tenha negado que a transação tenha estabelecido um recorde, a comparação entre os valores mostra uma crescente valorização das jogadoras.
O anúncio da transfer para o Boston Legacy foi feito na última sexta-feira, mas Amanda permanecerá no Palmeiras até dezembro, onde disputará as semifinais da Copa do Brasil e finalizará o Campeonato Paulista, onde a equipe é vice-líder. O diretor de Futebol Feminino do clube, Alberto Simão, declarou que os recursos da negociação serão aplicados em tecnologia e um centro de excelência para a modalidade.
Amanda já escreveu seu nome na história do Palmeiras, sendo a maior artilheira do time feminino, com 68 gols em 92 partidas, superando a antiga recordista Bia Zaneratto. Sua trajetória a leva a se afirmar na seleção brasileira, onde teve destaque na Copa América, sagrando-se campeã e artilheira do torneio. Com uma temporada decisiva pela frente, a expectativa em relação ao seu desempenho é alta, especialmente por conta das conquistas que podem moldar não apenas sua carreira, mas também o futuro do futebol feminino.