Em entrevista, Linamara ressaltou a importância de as empresas de aplicativos assumirem a responsabilidade pelos danos causados pelos motociclistas que trabalham para elas. Para a médica, o vínculo entre o motociclista e a empresa é claro, e, portanto, cabe a ela zelar pelo bem-estar de seus colaboradores e de terceiros que possam vir a ser afetados por suas atividades.
O diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Aquilla Couto, também se posicionou sobre a questão, destacando a necessidade de se discutir a distribuição de responsabilidades caso o mototáxi seja legalizado em São Paulo. Para Couto, as empresas de aplicativos que intermediam o serviço de transporte devem assumir sua parcela de responsabilidade, especialmente considerando os possíveis impactos negativos que essa atividade pode trazer para o sistema público de saúde e para a Previdência Social.
Diante desse cenário, fica evidente a importância de um debate amplo e transparente sobre a regulamentação do mototáxi em São Paulo, levando em conta não apenas os interesses das empresas de transporte, mas também a segurança e o bem-estar da população como um todo. A decisão sobre a legalização dessa modalidade de transporte deve ser tomada de forma consciente e responsável, visando sempre o interesse coletivo e o respeito à legislação vigente.