Especialistas alertam sobre impacto catastrófico do mototáxi em São Paulo e defendem responsabilidade das empresas de aplicativos.

A polêmica em torno da possibilidade de liberação do mototáxi em São Paulo tem gerado debates acalorados entre especialistas da área de saúde e do trânsito. A médica Linamara Rizzo Battistella, idealizadora da Rede Lucy Montoro e professora de fisiatria da FMUSP, é enfática ao afirmar que os aplicativos de transporte devem se responsabilizar pelos eventuais acidentes que possam ocorrer em decorrência dessa atividade na capital paulista.

Em entrevista, Linamara ressaltou a importância de as empresas de aplicativos assumirem a responsabilidade pelos danos causados pelos motociclistas que trabalham para elas. Para a médica, o vínculo entre o motociclista e a empresa é claro, e, portanto, cabe a ela zelar pelo bem-estar de seus colaboradores e de terceiros que possam vir a ser afetados por suas atividades.

O diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Aquilla Couto, também se posicionou sobre a questão, destacando a necessidade de se discutir a distribuição de responsabilidades caso o mototáxi seja legalizado em São Paulo. Para Couto, as empresas de aplicativos que intermediam o serviço de transporte devem assumir sua parcela de responsabilidade, especialmente considerando os possíveis impactos negativos que essa atividade pode trazer para o sistema público de saúde e para a Previdência Social.

Diante desse cenário, fica evidente a importância de um debate amplo e transparente sobre a regulamentação do mototáxi em São Paulo, levando em conta não apenas os interesses das empresas de transporte, mas também a segurança e o bem-estar da população como um todo. A decisão sobre a legalização dessa modalidade de transporte deve ser tomada de forma consciente e responsável, visando sempre o interesse coletivo e o respeito à legislação vigente.

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