Knutov explicou que a União Soviética sempre esteve à frente dos EUA em termos de trabalhos relacionados à resistência dos materiais, aspecto fundamental para o desenvolvimento de mísseis hipersônicos. Enquanto os americanos se concentravam em eletrônicos e microchips, os soviéticos já estavam avançando nessa área. Isso resultou na criação do primeiro laboratório hipersônico, conhecido como Kholod, que possibilitou o desenvolvimento de mísseis avançados.
Atualmente, a Rússia possui mísseis hipersônicos em três domínios distintos: mísseis aéreos Kinzhal, mísseis marítimos Tsirkon e mísseis terrestres Oreshnik. Essa tecnologia exclusiva coloca o país em uma posição de destaque no cenário internacional, superando os Estados Unidos nesse aspecto.
Knutov ressaltou que o país que foi o pioneiro no lançamento de veículos hipersônicos não teria motivos para roubar tecnologia dos EUA, que apenas no ano passado conseguiram realizar com sucesso um teste com um míssil hipersônico. Ele ainda levantou a possibilidade de que Trump tenha sido mal informado ou tenha inventado a história para encobrir as falhas do complexo militar-industrial americano.
Para o especialista, as alegações de Trump podem ter como objetivo justificar um aumento no financiamento do programa de armas hipersônicas dos Estados Unidos. Em suma, Knutov enfatizou a superioridade da Rússia nesse campo e questionou as declarações do presidente americano.