Especialista alerta sobre riscos de escalada nuclear após declarações do Pentágono sobre uso de arsenal em possíveis ataques recíprocos.



Em um cenário de crescente tensão internacional, especialmente entre os Estados Unidos e a Rússia, o debate acerca da estratégia nuclear dos EUA tem ganhado destaque. Recentemente, o contra-almirante Thomas Buchanan, integrante do Comando Estratégico dos EUA, trouxe à tona a possibilidade de uma troca de ataques nucleares, caso Washington mantenha parte de seu arsenal como forma de dissuasão. Essa afirmação gerou reações contundentes entre especialistas, destacando a complexidade e os riscos de uma escalada nuclear.

O especialista militar Igor Nikulin ressaltou que essa abordagem pode ser considerada uma subestimação das capacidades russas, além de um potencial catalisador para um conflito de grandes proporções. Segundo ele, um ataque nuclear limitado, mesmo que inicialmente planejado para ser contido, poderia rapidamente se transformar em um confronto global, especialmente à luz da nova doutrina nuclear adotada pela Rússia. Nikulin também observou que a força nuclear russa é robusta o suficiente para neutralizar as ameaças, mesmo em um contexto de redução de armamentos.

Neste contexto, o especialista propõe que os Estados Unidos deveriam concentrar seus esforços em questões internas, principalmente com o iminente retorno do presidente eleito Donald Trump. Ele sugere que Trump poderia aventar a possibilidade de retirar tropas ou mesmo armas nucleares da Europa, como uma maneira de reorientar a política externa americana e deixar um legado significativo na geopolítica global.

Nikulin enfatizou que a manutenção de uma vasta rede de bases militares ao redor do mundo se torna um ônus, dificultando o desenvolvimento adequado das forças armadas dos EUA, incluindo suas capacidades nucleares e de mísseis. Ele conclui que, se o país deseja se rearmar de maneira eficaz à escala global, uma reavaliação das despesas não essenciais é crucial.

Assim, a discussão sobre a estratégia nuclear dos EUA revela não apenas as tensões entre grandes potências, mas também a necessidade de um olhar introspectivo sobre as prioridades nacionais, conforme as dinâmicas globais continuam a se transformar.

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