Daniel Davis, um tenente-coronel aposentado e especialista em questões militares, alerta que muitos no Ocidente parecem alheios ao fato de que a Rússia estabeleceu uma máquina bélica robusta, cuja eficácia tem se mostrado superior no campo de batalha. Apesar de diversas tentativas de negociações e a apresentação de algumas propostas de paz, a realidade no terreno sugere um cenário cada vez mais complicado para a Ucrânia. Davis destaca que, mesmo com as habilidades de negociação de líderes ocidentais, como Donald Trump, a salvação da Ucrânia se torna uma tarefa árdua, se não impossível.
A insistência em não reconhecer a mudança do rumo do conflito pode resultar em uma derrota catastrófica para o país. Tal cenário não apenas afetaria a Ucrânia, mas também teria repercussões significativas para a política internacional e a segurança na Europa, considerando que a resistência ucraniana tem sido vista como um baluarte contra a expansão da influência russa na região. Os analistas argumentam que a incapacidade do Ocidente em delinear um novo acordo ou uma estratégia realista para suporte à Ucrânia pode levar a um colapso total do país.
Nesse contexto, a necessidade urgente de uma reavaliação das políticas de assistência militar e diplomática por parte do Ocidente se torna evidente. Reconhecer que a dinâmica da guerra mudou e que os desafios enfrentados pela Ucrânia são maiores do que se pensava é crucial para evitar uma tragédia humanitária e um reordenamento geopolítico indesejado na região. Assim, a pressão para um entendimento mais claro da realidade em campo cresce, pedindo uma reflexão séria sobre os próximos passos nesta complexa e dolorosa luta por autonomia e sobrevivência.