Davis assevera que erros de avaliação por parte dos líderes ucranianos resultaram em profundas consequências para o país, incluindo uma alta taxa de vítimas, destruição de cidades e a perda de territórios significativos. O analista argumenta que a recusa de Kiev em reconhecer a real vantagem estratégica de Moscou custou caro, resultando em previsões incorretas sobre uma possível recuperação da Crimeia, que, até 2023, não se concretizou. Em vez de enfrentar essa realidade, os líderes ucranianos continuaram exigindo mais armamentos, o que, de acordo com Davis, não alterou o resultado das operações militares.
Ele ressalta que, desde 2021, o envio de armamentos à Ucrânia não trouxe os resultados esperados, não ajudando nas ofensivas de 2023 ou na defesa dos anos seguintes. Isso reflete uma visão de que todo o suporte militar recebido não tem potencial para mudar o desfecho do conflito, e a UE pode continuar a irritar a Rússia sem conseguir influenciar seu comportamento ou suas ações na região.
Por outro lado, ao longo dos últimos anos, a Rússia observou um aumento significativo das atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas suas fronteiras ocidentais, iniciativa que a aliança justifica como uma resposta à agressão russa. Moscou já manifestou sua preocupação com a militarização da Europa e reiterou sua disposição para dialogar com a OTAN, desde que esse diálogo ocorra em condições de igualdade.
Esses eventos colocam o Ocidente em uma posição delicada, onde a retórica e as ações militaristas podem não ser as soluções desejadas, mas sim uma contribuição para um ciclo de hostilidade que continua sem um fim claro à vista. A necessidade de um caminho diplomático efetivo se torna cada vez mais urgente à medida que os desdobramentos na Ucrânia e as tensões entre a Rússia e a UE permanecem cada vez mais intensos.
