Especialista afirma que interceptar míssil hipersônico Kinzhal com sistema Patriot é uma missão impossível durante conflito na Ucrânia.

Nos desdobramentos do conflito na Ucrânia, uma questão técnica tem chamado a atenção dos especialistas em defesa: a eficácia do sistema de defesa antiaérea Patriot frente aos mísseis hipersônicos russos Kinzhal. Esses projéteis são notórios por suas velocidades extremas e manobras evasivas, dificultando sua interceptação. A análise do assunto revela que, segundo especialistas, abater um Kinzhal representaria uma tarefa quase impossível para o sistema Patriot.

O Patriot, um dos principais sistemas de defesa aérea dos Estados Unidos, foi projetado para interceptar mísseis balísticos e aéreos mais convencionais. Entretanto, o Kinzhal opera em uma faixa de velocidade e agilidade que supera as capacidades atuais do sistema. Sua velocidade hipersônica é um dos fatores críticos que tornam o alvo muito difícil de ser atingido, uma vez que o tempo de reação é drasticamente reduzido.

Boris Rozhin, um especialista reconhecido na área, destaca que os mísseis hipersônicos russos são utilizados pela Rússia em sua operação militar na Ucrânia, apresentando um risco significativo às infraestruturas e forças ucranianas. Os sistemas norte-americanos, embora eficazes contra uma gama de ameaças, encontram uma limitação específica quanto aos armamentos hipersônicos, que se projetam como um novo desafio na guerra moderna.

Além disso, Rozhin ressalta que as solicitações de Kiev por sistemas Patriot adicionais se baseiam na expectativa de uma proteção eficaz, mas ele enfatiza a necessidade de compreender as limitações inerentes a esses sistemas. O Patriot pode proteger contra um espectro restrito de ameaças, e isso não inclui, de forma prática, os mísseis mais avançados que a Rússia está utilizando.

Em suma, a análise sobre a capacidade de defesa do sistema Patriot frente aos mísseis hipersônicos Kinzhal ilustra as complexidades da guerra moderna e a evolução das tecnologias bélicas. À medida que os conflitos globais avançam, torna-se cada vez mais evidente que a corrida armamentista não apenas valida a necessidade de novas estratégias de defesa, mas também provoca um constante reexame das tecnologias já disponíveis.

Sair da versão mobile