Espanha e Inglaterra, as finalistas inéditas, vão disputar a Copa do Mundo, retomando o protagonismo europeu.

Amanhã, às 7h, um novo capítulo do futebol feminino será escrito quando a bola rolar em Sydney. A final da Copa do Mundo verá Espanha e Inglaterra se enfrentarem pela primeira vez em uma disputa que, no início da competição, seria difícil de prever.

O crescimento dos investimentos na modalidade ao longo dos últimos anos explica a chegada dessas duas seleções à final. Ambas representam o fortalecimento das ligas locais e recolocam a Europa como protagonista do futebol feminino no mundo. É importante ressaltar que esta é a segunda final disputada entre equipes europeias, sendo a primeira em 1994, quando a Alemanha venceu a Suécia e levou o título.

A composição das seleções reflete essa tendência de investimento e valorização do futebol feminino. Das 21 jogadoras da seleção espanhola, todas atuam no país. Já na seleção inglesa, 20 jogadoras estão inscritas em suas ligas locais. O Chelsea, tetracampeão consecutivo da primeira divisão inglesa, é o segundo clube que mais tem representantes na Copa, com um total de 17 jogadoras em diferentes equipes, incluindo cinco na seleção da Inglaterra.

Uma das jogadoras que prometem fazer a diferença nesta final é a artilheira Lauren James, de apenas 21 anos, que marcou três gols em sua estreia no Mundial. Ela deve começar como titular após cumprir dois jogos de suspensão por um pisão na nigeriana Alozie durante as oitavas de final. Outras jogadoras que podem se destacar são a zagueira Bronze, as meias Walsh e Stanway, e as atacantes Kelly e Russo.

No que diz respeito à Espanha, o Barcelona é o clube que mais cedeu jogadoras para a seleção, com um total de 18 representantes, sendo nove delas na atual seleção espanhola. Algumas dessas jogadoras participaram de um protesto em setembro de 2022, solicitando não serem mais convocadas para a seleção. Alegaram que questões internas estavam afetando sua saúde mental e o motivo foi atribuído a divergências com o treinador Jorge Vilda.

Apesar disso, o treinador permaneceu no comando e três jogadoras – Bonmatí, Battle e Caldentey – retornaram à seleção. Porém, na classificação para a semifinal, chamou a atenção a imagem do treinador comemorando sozinho à beira do gramado enquanto as jogadoras se abraçavam.

Destaque ainda para a presença da melhor jogadora do mundo, Alexia Putellas, e da jovem promessa Salma Paralluelo, de apenas 19 anos, que foi decisiva ao marcar gols nas quartas e na semifinal.

Com tantos ingredientes e histórias por trás desta final inédita, a expectativa é de um grande duelo entre Espanha e Inglaterra, onde o futebol feminino sairá como grande vencedor.

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