Escolha do relator da CPI da Braskem deve ser definida até quarta, 21, com resistência a nome indicado

O Senado Federal está prestes a definir o relator da CPI da Braskem, que foi criada em dezembro do ano passado para investigar os impactos do afundamento de solo em Maceió, causado pela atividade de mineração da empresa. O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), espera decidir quem será o relator até quarta-feira, 21, antes da próxima reunião do colegiado.

Aziz afirmou que todos os senadores do grupo estão aptos a assumir a relatoria, mas o nome de Renan Calheiros (MDB-AL) tem sido indicado para ocupar o cargo. No entanto, a possível escolha de Renan Calheiros tem enfrentado resistência por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que é aliado político de JHC (PL), em Maceió.

O próprio Renan Calheiros demonstrou sua preocupação com os reflexos dos trabalhos da mineradora em Maceió, afirmando que “antes da CPI começar, o crime da Braskem em Maceió volta a ser manchete”. Ele ainda alega que dados da Agência Nacional de Mineração, em poder da Polícia Federal, mostram falhas, irregularidades e omissões no monitoramento das 35 cavernas. De acordo com o senador, era uma mineração às cegas, e o crime é como um poço sem fundo.

A investigação da CPI da Braskem é importante para esclarecer as omissões da mineradora no apoio às famílias afetadas pelo colapso da mina de sal-gema em Maceió. A empresa tem sido alvo de críticas e denúncias relacionadas às consequências da sua atividade de mineração na região. A população local e as autoridades públicas estão ansiosas para que o trabalho da comissão traga luz sobre os fatos e responsabilize a empresa pelos danos causados. A escolha do relator da CPI é um passo fundamental para que o trabalho de investigação comece de fato.

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