Préviamente à entrada em ação nas escolas, os policiais passarão por um curso de capacitação, que está sendo organizado pela Secretaria da Educação em conjunto com a Secretaria da Segurança Pública. A carga horária do curso, que é de apenas 40 horas, gera polêmica, uma vez que é inferior à exigida para tirar a primeira habilitação em uma autoescola, o que levanta questionamentos sobre sua eficácia na formação dos agentes para funções educacionais.
A demora na formação e na definição do cronograma do projeto cívico-militar tem gerado descontentamento entre seus apoiadores, que afirmam que a proposta está perdendo força antes mesmo de ser devidamente implementada. Uma das críticas recai sobre um artigo específico do processo seletivo que impede os policiais de se candidatarem a funções nas escolas por um período de dois anos após deixarem a função de monitor. Essa medida, destinada a manter o caráter pedagógico do programa e evitar sua politização, também é vista como um ponto negativo pelos bolsonaristas, que acreditam que a proposta foi criada para ressoar com sua base.
O modelo cívico-militar que será adotado nesta nova fase envolverá um conjunto de regras rigorosas para os alunos, que serão obrigados a usar uniformes e seguir normas de conduta. Cutículas como cabelo cortado em estilo “meia cabeleira” para meninos e coques ou tranças para meninas refletirão a disciplina que o programa pretende instaurar. Os estudantes que não seguirem as diretrizes terão penalidades, que podem incluir advertências ou até transferência de escola.
As aulas continuarão sob a responsabilidade dos professores da rede estadual, enquanto os monitores policiais serão encarregados de atividades extracurriculares e da aplicação das regras. As mudanças fazem parte de uma tentativa de reestruturar o ambiente escolar, embora os impactos a longo prazo dessa nova abordagem ainda estejam sendo amplamente discutidos na sociedade.