Um exemplo disso é a preocupação das escolas ao receberem crianças autistas. Essas crianças enfrentam diversas barreiras, e ambientes muito barulhentos ou com muitos estímulos visuais podem ser desconfortáveis e prejudicar o seu desenvolvimento saudável. A neuropsicóloga Fernanda Barreto ressalta que o transtorno do espectro autista (TEA) afeta a forma como uma pessoa percebe e interage com o mundo ao seu redor. Com dificuldades de comunicação, comportamentos repetitivos e desafios na interação social, essas crianças precisam de um ambiente escolar adaptado para seu desenvolvimento.
A escola desempenha um papel fundamental no processo de inclusão e adaptação de crianças autistas. Fornecendo uma estrutura que permite que elas compreendam e interajam melhor com o mundo, promovendo aprendizado em grupo e interação social com colegas. Porém, é importante ressaltar que o autismo não é uma deficiência visível, e suas nuances são percebidas nos detalhes do dia a dia.
Para além do ambiente escolar, os estímulos também devem ocorrer em casa. O lar é o primeiro espaço de aprendizado e interação da criança, portanto, é fundamental que os pais estimulem seus filhos autistas através de atividades lúdicas e rotinas estruturadas, ajudando no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas.
É importante que os pais estejam atentos a possíveis sinais de autismo em seus filhos. Dificuldades em manter contato visual, atraso na fala, comportamentos repetitivos e resistência a mudanças na rotina são alguns dos sinais mais comuns. Observar e reconhecer esses sinais é o primeiro passo para buscar a ajuda adequada. O papel dos pais vai além do apoio emocional, eles são responsáveis por reconhecer os sinais, buscar o diagnóstico e o tratamento precoce, garantindo que seus filhos tenham acesso às terapias e estímulos necessários.
Neste contexto de inclusão e entendimento, a sociedade precisa estar preparada para acolher e compreender as crianças com autismo, promovendo um ambiente onde elas possam prosperar e desenvolver todo o seu potencial. O autismo não define a criança, mas a forma como a sociedade reage a ele pode definir seu futuro. É necessário que haja amor, compreensão e estímulo para iluminar o caminho dessas crianças e suas famílias. Todos têm o direito de crescer em um ambiente que celebra a diversidade e promove a inclusão.