Escola Militar em Paranã Ensinou Cantos de Ódio a Crianças: ‘Se não te matar, vou te prender’. Polêmica e Medidas Tomadas.



Na última quinta-feira, um colégio militar localizado em Paranã, no sudeste do estado, foi palco de polêmica ao incentivar seus alunos a cantarem um verso com mensagens de ódio. A atividade extracurricular ocorreu no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais e contou com a participação de equipes da Força Tática da Polícia Militar, em um evento relacionado à Operação Hagnos, que visava abordar o combate à violência contra crianças e adolescentes.

Durante o evento, os militares promoveram o que chamaram de ‘corridão’ com os estudantes, em que fardados e em marcha, cantavam versos com teor violento, que foram repetidos pelos alunos. Frases como “E vou pegar você. E se eu não te matar. Eu vou te prender”, faziam parte da canção polêmica, que gerou controvérsia e repercussão negativa.

A mãe de um dos alunos expressou sua indignação com a situação, ressaltando a importância de uma educação livre de violência e de mensagens de ódio. Segundo ela, os pais depositam na escola a expectativa de oferecer aos filhos um ambiente seguro e de qualidade educacional, e não de apologia à violência.

O professor doutor em educação José Lauro Martins também se pronunciou sobre o caso, criticando o uso de palavras inadequadas para a idade dos alunos e para o ambiente escolar. Ele ressaltou que as crianças não devem ser tratadas como soldados e que a escola não deve ser comparada a um quartel.

Diante da repercussão negativa, o governador Wanderlei Barbosa determinou o afastamento do diretor do colégio militar e dos militares envolvidos na atividade. A Secretaria de Estado da Educação e a Polícia Militar se comprometeram a investigar o caso e tomar as medidas cabíveis para evitar que situações semelhantes se repitam.

O episódio gerou repercussão negativa nas redes sociais e na imprensa local, levantando também debates sobre a formação educacional e o papel das escolas militares na sociedade. O caso serve como alerta para a necessidade de promover uma educação pautada no respeito, na ética e no desenvolvimento integral dos estudantes, livre de mensagens de ódio e violência.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo