Alfredo Gaspar não mediu palavras ao caracterizar tal fenômeno como reflexo de falhas substanciais na gestão, envolvendo planejamento, aquisição, armazenamento e distribuição de insumos essenciais. O caos administrativo evidencia, segundo Gaspar, uma preocupante falta de previsibilidade e eficiência no gerenciamento federal, em um momento em que o sistema de saúde se encontra sob pressão significativa.
A requisição entregue ao presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo Filho, sublinha um dado particularmente chocante: a destruição de 10,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em apenas um mês de 2024. Tais números, alarmantes por si, motivam o deputado a pedir uma auditoria minuciosa sobre os procedimentos de compra, estocagem e difusão desses insumos. Além disso, a investigação deverá desenterrar as razões por trás deste nível recorde de descarte e calcular os impactos, tanto financeiros quanto sanitários, de tais decisões.
Este quadro reforça a urgência em aprimorar a transparência e eficácia na administração dos recursos públicos dirigidos à saúde. É vital que a administração pública revele clareza e competência na gestão de insumos, de forma a garantir que o atendimento à população não sofra compromissos críticos, nem que a negligência resulte em perdas financeiras massivas para o país. O chamado de Alfredo Gaspar ecoa como um alerta à necessidade de responsabilização e melhorias urgentemente necessárias na esfera governamental para evitar que a repetição deste cenário se torne normativa.