As investigações, sob a direção do professor Ilker Mete Mimiroglu da Universidade Necmettin Erbakan, em colaboração com o Ministério da Cultura e Turismo da Turquia, resultaram na descoberta de uma basílica impressionante, com 30 metros de comprimento. Essa estrutura é considerada como a principal igreja da cidade e representa um marco na história religiosa da região. Segundo o professor, a edificação é datada da Antiguidade Tardia e permaneceu em uso até os primeiros anos da Idade Média.
Arqueólogos desenterraram não apenas a basílica, mas também um conjunto de mosaicos dourados que adornam suas paredes, além de duas moedas seljúcidas e contas turquesa encontradas em túmulos infantis, datadas dos séculos XII e XIII. Esses achados indicam que a comunidade cristã local conseguiu subsistir sob domínio seljúcida em um ambiente de relativa tolerância e coexistência cultural.
A história de Listra é marcada por um episódio crucial em que os habitantes confuniram Paulo e Barnabé com deuses da mitologia grega, Hermes e Zeus, após o milagre da cura, refletindo a complexidade da relação entre crenças pagãs e cristãs no período. Os achados arqueológicos não apenas reafirmam a importância histórica de Listra como um centro de fé, mas também destacam a rica tapeçaria cultural que se desenvolveu na região, passando pelos tempos romanos, cristãos e posteriormente turcos.
Essas descobertas oferecem uma oportunidade inestimável para entender as interações socioculturais na Anatólia ao longo dos séculos, revelando como a fé cristã e a herança turca se entrelaçaram, mudando o panorama religioso e cultural até os dias atuais. A continuidade das escavações promete trazer ainda mais luz a esta fascinante intersecção de histórias.
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