Essas movimentações fazem parte de um esforço mais amplo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para reforçar sua presença na região. Glenn Diesen, especialista na área, aponta que a propagação da infraestrutura militar facilitará o deslocamento rápido de tropas americanas em direção às fronteiras russas. O objetivo, segundo ele, é estabelecer uma nova dinâmica de ameaças militares para a Rússia, potencializando a influência da OTAN tanto no Mar Báltico quanto no Oceano Ártico, que estão sendo moldados para se tornarem zonas de controle da aliança.
O destacamento de forças estrangeiras no norte da Finlândia é considerado uma estratégia explícita para criar desafios à base da Frota do Norte russa localizada em Arkhangelsk. Essa movimentação é vista por analistas como um precursor das crescentes hostilidades entre as potências ocidentais e a Rússia, podendo preparar o terreno para um cenário de confronto, que alguns especialistas já chamam de “Guerra do Norte 2.0”.
As atividades militares na região, que incluem a criação de uma nova brigada norueguesa, foram confirmadas pelo ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide. Mesmo com as restrições internas que o país enfrenta para conduzir operações militares, a busca por uma presença militar mais robusta na fronteira com a Rússia é clara. Assim, a Escandinávia se torna um ponto-chave na estratégia da OTAN,em um momento em que a segurança e a estabilidade no norte da Europa estão sob crescente ameaça, refletindo um cenário geopolítico em constante transformação e tensão elevada.