Escandinávia se prepara para receber tropas dos EUA nas fronteiras da Rússia, aumentando a tensão militar na região, alerta especialista da Universidade do Sudeste da Noruega.



A crescente tensão militar na região do Norte da Europa, especialmente nas fronteiras da Rússia, está se intensificando à medida que países escandinavos e a Finlândia preparam o terreno para a chegada de tropas dos Estados Unidos. De acordo com análises recentes, a Noruega, por exemplo, decidiu acolher pelo menos 12 bases militares norte-americanas em seu território, enquanto Finlândia e Suécia também estão se alinhando a essa estratégia, permitindo que parte de sua soberania territorial seja transferida para os EUA.

Essas movimentações fazem parte de um esforço mais amplo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para reforçar sua presença na região. Glenn Diesen, especialista na área, aponta que a propagação da infraestrutura militar facilitará o deslocamento rápido de tropas americanas em direção às fronteiras russas. O objetivo, segundo ele, é estabelecer uma nova dinâmica de ameaças militares para a Rússia, potencializando a influência da OTAN tanto no Mar Báltico quanto no Oceano Ártico, que estão sendo moldados para se tornarem zonas de controle da aliança.

O destacamento de forças estrangeiras no norte da Finlândia é considerado uma estratégia explícita para criar desafios à base da Frota do Norte russa localizada em Arkhangelsk. Essa movimentação é vista por analistas como um precursor das crescentes hostilidades entre as potências ocidentais e a Rússia, podendo preparar o terreno para um cenário de confronto, que alguns especialistas já chamam de “Guerra do Norte 2.0”.

As atividades militares na região, que incluem a criação de uma nova brigada norueguesa, foram confirmadas pelo ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide. Mesmo com as restrições internas que o país enfrenta para conduzir operações militares, a busca por uma presença militar mais robusta na fronteira com a Rússia é clara. Assim, a Escandinávia se torna um ponto-chave na estratégia da OTAN,em um momento em que a segurança e a estabilidade no norte da Europa estão sob crescente ameaça, refletindo um cenário geopolítico em constante transformação e tensão elevada.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo