Em uma das gravações vazadas, Fernandes afirma que “o decreto é real e foi despachado ontem com o presidente” e pede um “movimento” para que a ação seja executada. Suas palavras deixam claro que, na visão do general, não há outra alternativa a não ser seguir adiante com o plano golpista.
A Polícia Federal revelou que o general esteve envolvido em várias atividades ilegais, incluindo um plano para prender e possivelmente assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em outra gravação, Fernandes relata uma conversa com Bolsonaro, na qual o então presidente teria afirmado que qualquer ação poderia ser desencadeada até 31 de dezembro de 2022, antes da transição oficial de governo.
As investigações continuam em curso, e Mario Fernandes permanece detido desde o ano passado. Parte dos áudios foi divulgada pelo programa Fantástico, da TV Globo, e também foi obtida pelo jornal Folha de S.Paulo.
O conteúdo dos áudios levanta questões sobre o papel dos militares e a fragilidade democrática do país. As revelações trazem à tona a preocupação sobre a possibilidade de rupturas institucionais e destacam a importância da preservação da democracia e do respeito às instituições. A sociedade aguarda ansiosa por mais esclarecimentos e desdobramentos dessas investigações que envolvem figuras de alta patente no cenário político brasileiro.