As críticas não tardaram a surgir, principalmente vindo de representantes de partidos mais conservadores. O chefe da delegação do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), Carlo Fidanza, descreveu as releituras como “patéticas”. A senadora Lavini Mennuni também fez críticas à publicação, classificando-a como uma “provocação”.
A controvérsia gerada pela imagem do partido +EUROPA motivou até mesmo uma crítica de uma parlamentar autora de um Projeto de Lei voltado para tradições católicas e que demonstrou estar “tentada a acrescentar um parágrafo para preservar a composição tradicional” do símbolo. Na mesma linha, o deputado Antoni Baldelli criticou o partido +Europa, afirmando que as mudanças nas imagens do presépio foram feitas apenas para uso político.
A publicação impactou negativamente até mesmo dentro do próprio partido, levando a empresária ítalo-albanesa Anita Likmeta a deixar o +Europa. Em suas palavras, ela descreveu o ato como um “suicídio político (desassistido)”.
A polêmica e o mal-estar gerado pela publicação se estenderam para além das redes sociais, colocando em evidência a forte retórica anti-LGBTQIA+ da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que também lidera o partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI). Desde que assumiu o poder, Meloni tem adotado políticas contrárias à comunidade LGBTQIA+, proibindo, por exemplo, o registro de crianças por pais ou mães do mesmo sexo, além de outras restrições adotadas pelo governo em relação aos direitos dessa comunidade.
Com tamanha repercussão, a publicação do partido +EUROPA com certeza continuará gerando discussões e debates sobre a representação da diversidade e a manutenção das tradições religiosas e culturais na sociedade italiana.