Enquanto a Seleção Brasileira enfrentava uma eliminação precoce nas quartas de final, um grupo privilegiado desfrutava de luxo e mordomias sem precedentes. Voos em primeira classe, hospedagem em hotéis de cinco estrelas e ingressos exclusivos para os jogos foram apenas alguns dos benefícios concedidos. Estima-se que esses tratamentos de alto padrão tenham custado cerca de R$ 3 milhões aos cofres da CBF.
Entre os beneficiados estão familiares do presidente Ednaldo Rodrigues, incluindo sua esposa, filha, cunhada, genro e netos. Os gastos extras da esposa de Ednaldo chegam a impressionantes R$ 37 mil. Além disso, o grupo VIP contava com amigos do presidente, figuras políticas, do judiciário, das artes e até mesmo da imprensa. O deputado federal José Alves Rocha (União Brasil-BA) e sua esposa tiveram despesas custeadas pela CBF no valor de R$ 364 mil, enquanto o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e sua namorada aproveitaram um pacote de benefícios no valor de R$ 195 mil.
Essa revelação levantou questionamentos sobre a transparência e a ética na administração da CBF, bem como sobre a responsabilidade fiscal e o uso adequado dos recursos da entidade. A investigação da Revista Piauí revelou detalhes perturbadores sobre os excessos e o clientelismo presentes na alta cúpula do futebol brasileiro, trazendo à tona a necessidade de uma análise mais criteriosa e crítica da gestão esportiva no país.