Essa mudança nas regras da cota parlamentar é vista como uma extensão dos benefícios concedidos aos deputados, especialmente em um momento próximo à eleição do novo presidente da Casa. Hugo Motta (Republicanos-PB), apoiado por Arthur Lira (PP-AL), é considerado o favorito para assumir a presidência.
Em anos anteriores, durante a tentativa de reeleição de Arthur Lira, houve um pacote de benefícios distribuído aos 513 deputados, totalizando um valor de R$ 70 milhões. Nesse pacote, estavam inclusos aumento salarial, ampliação do teto de gastos com combustível e aumento do auxílio moradia.
Até o momento, a Câmara dos Deputados já gastou cerca de R$ 228,7 milhões com a cota parlamentar, sendo R$ 35,3 milhões destinados a passagens aéreas. Contudo, denúncias apontam que alguns parlamentares estariam utilizando esses recursos de forma irregular, incluindo pagamento de bebidas alcoólicas e viagens de lazer.
Operações da Polícia Federal em 2024 investigaram possíveis desvios na cota parlamentar de alguns deputados, como Gustavo Gayer (PL-GO), acusado de associação criminosa, e Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, suspeitos de desvio de verba parlamentar.
A cota parlamentar pode ser utilizada para diversas despesas, como passagens aéreas, contas telefônicas, alimentação, hospedagem, locação de veículos, participação em eventos, entre outros. No entanto, é importante garantir que esses recursos sejam utilizados de maneira ética e legal, visando sempre o interesse público e a transparência nas ações dos parlamentares.
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