Escândalo financeiro na Elegance Indústria: fraude e desvio de verbas envolvendo colchões de luxo e empresas familiares. A empresa enfrenta acusações graves.



A Elegance Indústria, renomada fabricante de colchões com sede em Santo Antônio de Jesus, Bahia, tem sido alvo de graves acusações de fraudes e desvio de verbas. A empresa, com uma trajetória de mais de duas décadas no mercado, sob a liderança de Márcio Fonseca Peixoto, teve sua reputação abalada por suspeitas de manipulação de recebíveis e engano de seus parceiros financeiros.

Os Fundos de Investimentos de Direitos Créditorios (FIDC), responsáveis pela antecipação de recebíveis para promover a capitalização de empresas, estabeleceram parcerias com a Elegance em 2020. Por meio dessas parcerias, a Elegance cedeu os direitos creditórios de notas fiscais de seus clientes aos FIDC, com a condição de que os pagamentos fossem realizados diretamente para os fundos, conforme acordado em contrato.

No entanto, a situação tomou um rumo inesperado em 2024. Márcio Peixoto comunicou aos FIDCs que a Elegance havia sido vendida para um suposto sócio da Soft Plumas, sob a identidade de Carlos, e operando também sob a razão social de New Life Colchões. Essa transação levantou suspeitas de que a Soft Plumas poderia estar registrada no nome de um laranja, identificado como Rondinelle, e envolvida em um esquema de fraude com a Elegance.

A Elegance orientou seus clientes a desconsiderarem os boletos emitidos pelos FIDCs, solicitando que refaturassem os mesmos valores e mercadorias, mas com novas notas fiscais. Essa prática tinha como objetivo desviar os pagamentos de volta para a Elegance, em vez de cumprir as obrigações financeiras estabelecidas com os FIDCs.

Diante das evidências de fraude, os FIDCs notificaram a Elegance, seus representantes comerciais e os clientes, alertando sobre as irregularidades cometidas. O representante comercial da Elegance em Sergipe, Robson Rocha, confessou a fraude em uma ligação gravada, admitindo que a empresa havia emitido faturas sem correspondência com mercadorias entregues. Uma investigação revelou ainda que Rocha recebeu um pagamento da Elegance antes de sua confissão.

Os prejuízos causados pela conduta da Elegance resultaram em inadimplência generalizada por parte dos clientes em relação aos títulos cedidos aos FIDCs. Os clientes confirmaram ter recebido instruções para ignorar os boletos e notificações dos Fundos de Investimentos, reforçando as acusações de má fé e fraude contra a empresa.

Além das irregularidades envolvendo os FIDCs, apurações apontam que Márcio Fonseca Peixoto pode estar desviando verbas para empresas de seus filhos, Caio e Fernanda Fonseca Peixoto, proprietários da Bella Casa, especializada em móveis de luxo. Transferências financeiras suspeitas para a empresa dos filhos foram identificadas, sugerindo uma possível ocultação de patrimônio.

Neste momento, duas ações judiciais estão em andamento, incluindo uma ação criminal, com as autoridades policiais ouvindo todos os envolvidos para esclarecer os fatos e responsabilidades. A Elegance Indústria enfrenta um grande desafio em sua reputação e credibilidade no mercado, enquanto seus clientes e parceiros buscam respostas e soluções para os danos causados por essas práticas irregulares.

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