A proposta para a criação da comissão investigadora exigia 48 votos favoráveis, porém obteve um a menos do que o necessário de acordo com o Regimento da Câmara Alta. Além disso, as tentativas de convocar o chefe de Gabinete, Guillermo Francos, para comparecer ao plenário da Câmara Alta também fracassaram.
Além de Javier Milei, foram denunciados sua irmã Karina Milei, os empresários Hayden Mark Davis e Julian Peh, e os investidores Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy. A Justiça penal argentina já recebeu mais de 120 queixas contra Milei relacionadas ao caso.
No sábado passado, Milei reconheceu o erro de promover a criptomoeda e apagou a publicação. Contudo, o dano já estava feito, com a $LIBRA registrando uma queda significativa em seu valor. A moeda opera em um mecanismo altamente especulativo e arriscado, causando perdas milionárias para cerca de 40 mil investidores em poucas horas.
A $LIBRA é um token sem garantias de valor real, com a maior parte da oferta concentrada em apenas três carteiras. Além disso, o domínio na Internet foi criado na sexta-feira após o fechamento dos mercados, levantando ainda mais suspeitas sobre a situação.
Parlamentares de partidos opositores, como União pela Pátria e Encontro Federal, tentam impulsionar um processo de impeachment contra Milei por suposto “mau desempenho e possíveis crimes cometidos no exercício de suas funções”, de acordo com o artigo 53 da Constituição argentina. A situação política na Argentina permanece tensa diante dessas acusações graves de fraude e corrupção envolvendo o presidente e sua irmã.