O episódio, ocorrido em 12 de outubro, suscitou variadas reações e preocupações entre fiéis, autoridades religiosas e policiais. O vídeo vazou nas redes sociais no dia seguinte, gerando indignação e consequências imediatas. A jovem, reconhecendo a gravidade da situação, registrou um boletim de ocorrência por ter suas imagens divulgadas sem seu consentimento. A Polícia Civil categorizou o evento como um “caso atípico”, considerando a posição do padre como líder religioso e as circunstâncias do ocorrido.
Diante da alta repercussão, a Diocese de Diamantino iniciou uma investigação interna sobre a conduta do padre. O Tribunal Eclesiástico enfatizou que o caso está em sigilo, enquanto o sacerdote negou qualquer relação amorosa com a jovem, argumentando que ela apenas pediu para se limpar e trocar de roupa. Contudo, a confiança da comunidade na figura do sacerdote já estava abalada.
O dia seguinte trouxe a confirmação do afastamento oficial de Luciano das suas funções religiosas. As missas e atividades da paróquia foram transferidas para o padre Pedro Hagassis, de 76 anos, que assumiu temporariamente a responsabilidade pela comunidade. A situação se agrava ainda mais com a operação da Polícia Civil, que, no dia 16 de outubro, cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos na divulgação do vídeo, resultando na apreensão de celulares que agora passam por perícia.
As investigações estão em curso, e as autoridades buscam responsabilizar todos os envolvidos pela invasão de privacidade e divulgação das imagens. Os crimes que podem ser imputados aos suspeitos incluem constrangimento ilegal, invasão de domicílio e dano psicológico à vítima. Em meio a essa crise, a comunidade permanece polarizada entre o apoio à figura do padre e o clamor por justiça e respeito à privacidade. Enquanto isso, a Diocese mantém o caso em sigilo, aguarda os resultados das perícias e busca compreender as implicações desta situação complexa que abala não somente a imagem da paróquia, mas também a fé de seus fiéis.