A controvérsia teve início quando um vídeo publicado no TikTok viralizou, mostrando uma consumidora encontrando uma xícara da coleção Marquesa, vendida pela Tânia Bulhões, em um café simples na Tailândia, mas sem a marca da empresa. A comparação com sua própria peça em casa revelou que eram praticamente idênticas, apenas com o logotipo da marca brasileira sobreposto.
Diante das críticas e da repercussão do vídeo, a Tânia Bulhões emitiu um comunicado afirmando que tomaria medidas jurídicas contra a disseminação de informações falsas, destacando a proteção de sua propriedade intelectual. A empresa explicou que a coleção Marquesa foi desenvolvida exclusivamente para a marca, porém admitiu que nem todos os produtos são fabricados por eles, citando um parceiro que teria comercializado sobras de produção sem autorização.
Posteriormente, a marca anunciou a interrupção da produção das coleções Marquesa, Mediterrâneo, Lírio e Entre Rios, oferecendo a possibilidade de troca ou devolução dos produtos adquiridos. Além disso, a empresa revelou planos de estudar a criação de uma unidade de produção própria em Uberaba, Minas Gerais, visando evitar problemas semelhantes no futuro.
O escândalo também trouxe à tona um caso do passado envolvendo a fundadora da empresa, Tânia Bulhões, que em 2010 foi condenada por fraude em importações. A empresária foi acusada de subfaturar mercadorias e movimentar dinheiro ilegalmente, resultando em uma pena convertida em serviços comunitários e multa. As investigações apontaram um esquema de movimentações financeiras no exterior e valores expressivos envolvidos.
Em resposta às críticas, a Tânia Bulhões adotou um tom mais conciliador em um novo comunicado, agradecendo aos clientes que levantaram a questão e pedindo desculpas pela insegurança gerada. A marca reforçou seu compromisso em garantir a qualidade e autenticidade de seus produtos, buscando reconquistar a confiança dos consumidores.