Erika Hilton propõe fim da escala 6×1 e redução da jornada semanal para 36 horas, defendendo saúde e dignidade dos trabalhadores em debate no Congresso.

No último dia 24, a deputada federal Erika Hilton, do PSOL-SP, manifestou seu apoio à revogação da escala de trabalho 6×1, que obriga os trabalhadores a operarem por seis dias consecutivos seguidos de um dia de descanso em setores como comércio e serviços. A parlamentar ressaltou que essa carga de trabalho excessiva tem gerado impactos negativos não apenas na saúde física e mental dos funcionários, mas também nas dinâmicas familiares e religiosas. Ao enfatizar a importância dessa mudança, Hilton declarou: “É uma luta por dignidade”.

A deputada se posiciona fortemente a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2025, que visa reduzir a carga horária semanal de 44 horas para 36, sem prejuízo no salário. Essa proposta já contabiliza o número necessário de assinaturas para sua tramitação na Câmara dos Deputados, e Hilton busca mobilizar apoio entre diferentes partidos políticos e também junto ao governo federal.

Em sua argumentação, a deputada enfatiza que essa alteração é crucial para combater a exploração no ambiente de trabalho e para ajustar a legislação às novas realidades do mercado de trabalho e às relações laborais contemporâneas. “Queremos um país em que trabalhar não signifique adoecer”, afirmou, ressaltando a urgência de uma reforma que priorize a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

Para especialistas no campo dos direitos trabalhistas, a proposta de Hilton irá suscitar intensos debates no Congresso, especialmente entre representantes de setores empresariais, que podem se opor a mudanças desse tipo. Contudo, muitos reconhecem que a discussão sobre a qualidade de vida no trabalho e o bem-estar dos empregados tem ganhado protagonismo cada vez maior, especialmente em um contexto onde a saúde mental vem sendo constantemente abordada como uma questão fundamental no ambiente de trabalho.

Assim, no atual cenário político e social do Brasil, a proposta de reforma da jornada de trabalho emerge não apenas como uma reivindicação de uma categoria profissional, mas como uma busca por melhorias que refletem uma nova visão sobre o trabalho e suas implicações na vida dos cidadãos.

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