A terapia desenvolvida, inicialmente para tratar casos graves de hepatite por uma equipe médica dinamarquesa, consiste no uso de transfusões de plasma sanguíneo, proporcionando mais tempo ao corpo para se recuperar. A sobrecarga no fígado impede o órgão de regular toxinas, elevando a toxicidade de elementos como a amônia no sangue. Os casos de febre amarela, diferentes da infecção pelo vírus da hepatite, apresentaram melhorias após alguns dias de tratamento, em contraste com a equipe do HC, que observou melhorias com tratamentos prolongados.
O tratamento com plasma é apontado como uma alternativa mais simples e acessível em comparação com o transplante de fígado, comumente utilizado em casos graves. A terapia com transfusões foi aplicada duas vezes ao dia, com sessões de duração entre uma hora e uma hora e meia. Após o sucesso no surto paulista de 2018/2019, a terapia também foi implementada na equipe do Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, com resultados semelhantes.
No entanto, a eficácia do tratamento nos casos atuais em São Paulo é prejudicada pela baixa chegada dos pacientes aos hospitais de alta complexidade. A falta de reconhecimento e testagem precoce dos pacientes por equipes de unidades de atendimento primário e secundário é apontada como um dos principais problemas. O aumento de casos neste ano levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta para viajantes recentemente.
Em relação aos casos registrados em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde aponta a região de Campinas como possível local de infecção para a maioria dos casos. Dos 18 casos reportados, 12 resultaram em óbito, demonstrando uma alta taxa de letalidade. Reforçando a importância da vacinação, a pasta informou que 11 dos 12 mortos não haviam sido vacinados. A vigilância epidemiológica de macacos mortos também é destacada como um evento importante a ser informado às autoridades.
Em resumo, a adaptação de protocolos para casos de febre amarela, a utilização de terapia com plasma e a necessidade de uma melhor rede de atendimento e testagem precoce são pontos essenciais na luta contra a doença, especialmente em meio ao aumento de casos no estado de São Paulo. A pesquisa realizada em colaboração entre diferentes departamentos e instituições de saúde demonstra a importância da atuação conjunta e da busca por soluções inovadoras no enfrentamento de doenças graves como a febre amarela.