O Global Hackatom, que aconteceu durante a Semana Atômica Mundial — um evento que celebra os avanços e desafios da indústria nuclear — desafiou as equipes a desenvolver soluções inovadoras para o uso de tecnologias nucleares na exploração espacial. Os participantes tiveram apenas 24 horas para apresentar suas propostas, cujos critérios de avaliação incluíram originalidade, aplicabilidade e viabilidade de implementação. Com isso, a competição se tornou uma verdadeira maratona de criatividade e engenhosidade.
À frente da equipe, a mestranda em engenharia nuclear Larissa Oliveira de Sá apresentou um projeto inédito que consiste em um hub modular destinado à exploração espacial. Este hub, fundamentado em reatores nucleares de nova geração, é capaz de gerar recursos essenciais, como água e oxigênio, bem como combustíveis, proporcionando uma base sustentável para missões espaciais de longa duração e, potencialmente, para a exploração interplanetária.
O grupo, que contou com a orientação da professora Inayá Corrêa Barbosa Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com a colaboração dos mestrandos Diógenes Kreusch Filho, Marcela Rabelo de Lima, Leonardo Zorte e Adriel Faddul Stelzenberger, também desenvolveu um pacote voltado para a preparação humana em ambientes extremos, utilizando inteligência artificial para otimizar decisões e garantir segurança operacional.
A proposta da equipe não foi um mero exercício acadêmico; ela se alinha diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, reforçando a importância da energia limpa e da colaboração internacional em prol de soluções inovadoras.
O caminho da TupiTech até o grande prêmio incluiu a conquista da fase regional, realizada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, que garantiu a sua presença na etapa final em Moscou. Durante a semana do evento, além da competição, os integrantes participaram de palestras e visitas técnicas, enriquecendo ainda mais sua experiência no evento.
No contexto da Semana Atômica Mundial, onde especialistas de mais de 100 países debateram inovações no setor nuclear, a vitória da equipe brasileira destaca-se como um motivador para futuros talentos no campo da engenharia e da tecnologia, além de evidenciar a crescente relevância do Brasil em discussões globais sobre energia e desenvolvimento sustentável.
