Equilíbrio no Mercado de Petróleo em 2025: Brasil e Guiana Ganham Destaque, Afirmam Especialistas

O mercado global de petróleo pode alcançar um equilíbrio em 2025, após um previsto déficit de suprimento em 2024, segundo análise de um especialista do setor. O Brasil e a Guiana estão entre os países que contribuirão para essa trajetória, com um crescimento significativo na produção de petróleo.

De acordo com o especialista Kirill Rodionov, os cortes de produção acordados pela OPEC+, que consiste na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, devem contrabalançar o aumento na produção de nações que não estão vinculadas à organização. Esses cortes visam regular a oferta global e estabilizar os preços do petróleo. A previsão é que a produção mundial atinja cerca de 102,59 milhões de barris por dia em 2024 e suba para 104,24 milhões em 2025, enquanto a demanda deve seguir uma linha ascendente, indo de 103,03 milhões para 104,32 milhões de barris no mesmo período.

Rodionov destaca que a atuação da OPEC+ é crucial nesse cenário. Inicialmente, o grupo planejava um aumento de produção em 2,46 milhões de barris para o próximo ano, mas essa proposta foi revisada para apenas 1,23 milhão de barris. Essa mudança foi ratificada recentemente e seu impacto refletido em um relatório do Departamento de Energia dos EUA, que também previu uma diminuição do déficit no mercado global, de 440 mil barris por dia até o final de 2024 para apenas 90 mil barris em 2025.

O Brasil, que se juntou à OPEC+ em 1º de janeiro de 2024, e a Guiana estão se preparando para aumentar sua capacidade produtiva de forma significativa. Em 2025, a Guiana deverá iniciar operações com sua plataforma flutuante de armazenamento e transferência, a FPSO Guyana One, com capacidade para 250 mil barris diários. O Brasil, por sua vez, verá a instalação flutuante Marechal Duque de Caxias atingir sua capacidade total, com previsão de produção de 180 mil barris por dia na Bacia de Santos.

Contudo, a situação futura do mercado ainda depende de fatores externos, especialmente a política energética dos Estados Unidos sob a nova administração. Caso sejam reduzidas as restrições sobre a produção de petróleo, isso poderá alterar a dinâmica do mercado e, potencialmente, conduzir a um cenário de oferta descontrolada por parte dos países membros da OPEC+. Nesse caso, as previsões e análises atuais do mercado poderiam tornar-se obsoletas. Portanto, o equilíbrio do mercado em 2025 é uma expectativa condicionada a múltiplos fatores, que exigem atenção contínua das partes interessadas no setor de petróleo.

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