Equador Decide Futuro Político em Eleições: Noboa ou Retorno do ‘Correísmo’ no Pleito de Domingo

No domingo, 9 de fevereiro, o Equador se prepara para um momento decisivo em sua história política com as eleições presidenciais que envolverão cerca de 13,7 milhões de eleitores. Os cidadãos terão a oportunidade de escolher entre a continuidade da administração do atual presidente, Daniel Noboa, que representa uma linha política conservadora e de viés neoliberal, ou a possibilidade do retorno do “correísmo”, simbolizado pela candidatura de Luisa González, uma figura proeminente relacionada ao legado do ex-presidente Rafael Correa.

As recentes pesquisas apontam Noboa e González como os principais candidatos, ambos já tendo se enfrentado anteriormente em um segundo turno durante as eleições antecipadas de 2023. A disputa eleitoral é acirrada, não apenas entre esses dois, mas com a presença de 14 outros candidatos que, segundo analistas, podem diluir ainda mais os votos em um ambiente político fortemente polarizado. Entre os adversários, destacam-se Henry Cucalón, ex-integrante do gabinete do ex-presidente Guillermo Lasso, e Carlos Rabascall, que foi vice-presidente na chapa correísta em 2021.

Para que um candidato se consagre vencedor, é preciso alcançar mais de 50% dos votos válidos ou pelo menos 40% com uma diferença mínima de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Se necessário, um segundo turno está agendado para 13 de abril. Paralelamente, a eleição também contará com a escolha de 151 deputados da Assembleia Nacional e de cinco representantes para o Parlamento Andino.

No país, o voto é obrigatório para cidadãos com idades entre 18 e 65 anos, e a falta à votação pode resultar em multas que equivalem a 10% do salário médio, o que representa aproximadamente 47 dólares. Um total de 456 mil eleitores reside no exterior e votará presencialmente nos países onde estão localizados, após uma série de contestações com a plataforma eletrônica utilizada nas eleições anteriores.

A expectativa é que o próximo presidente do Equador tome posse em 24 de maio, dando início a um mandato de quatro anos. O resultado das eleições poderá moldar os rumos futuros do país, que se encontra em uma encruzilhada entre tendências políticas divergentes e desafios sociais e econômicos significativos.

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