A greve dos trabalhadores da educação da rede estadual em Alagoas ultrapassa um mês e segue sem previsão de encerramento, mesmo após o Governo do Estado atender 15 dos 16 pontos apresentados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) — o equivalente a 94% da pauta.
O único item ainda em impasse é o reajuste salarial. Os professores reivindicam aumento de 10%, mas aceitariam os 4,83% já concedidos caso fosse acrescido mais 1,44%. Outra possibilidade sugerida pela categoria é criar um “gatilho” que garanta aos docentes de nível superior o mesmo percentual aplicado ao piso do magistério.
Segundo o governo, todos os demais pedidos já foram atendidos, incluindo aumento de carga horária, reajuste do auxílio-alimentação com pagamento retroativo, gratificação por difícil acesso, reforma de escolas, contratação de auxiliares e avanços na gestão democrática.
O Palácio República dos Palmares afirma que houve avanços significativos nas negociações, reconhecimento também feito por parlamentares como o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), que defende a retomada do diálogo para encerrar o impasse.
“A atual greve é fruto de uma pauta legítima de reivindicações. É importante reconhecer que o Governo de Alagoas já atendeu a maioria dos pontos apresentados pelo movimento, o que demonstra abertura ao diálogo e compromisso com a valorização da educação. Nesta reta final, temos concentrado todos os nossos esforços para que haja um consenso e um desfecho que atenda às expectativas da categoria e da sociedade alagoana.”
