No mesmo contexto, Dib Almeida, irmão de Sophia, também foi indiciado por sua participação no esquema. Ele se apresentou espontaneamente à delegacia e foi formalmente indiciado por delitos que incluem furto qualificado, falsidade ideológica, falsificação de atestados, falsificação de documentos públicos e associação criminosa.
Sophia, que tem formação em Educação Física, se disfarçou como médica, especializando-se em pediatria, e começou a se infiltrar em grupos de saúde, até mesmo ingressando em programas de assistência a crianças doentes. Um dos aspectos mais alarmantes de sua farsa é que ela chegou a emitir prescrições de medicamentos controlados para crianças autistas, mesmo sem qualquer licença médica. Para criar a aparência de credibilidade, utilizava um jaleco branco e carimbos de médicas legítimas, além de compartilhar nas redes sociais imagens que insinuavam seu envolvimento em procedimentos hospitalares.
A falsa médica também se promovia como uma profissional humanizada, publicando informações sobre avanços científicos e participações em estudos. Entre os relatos investigativos, destaca-se que ela obteve um carimbo de uma médica real com o mesmo primeiro nome, que foi utilizado em consultas e prescrições falsas. O Hospital Universitário Getúlio Vargas afirmou, em nota, que Sophia nunca atuou em sua unidade de saúde e que os vínculos informados foram desmentidos.
Curiosamente, Sophia alegou ser sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida, e utilizava essa identidade para se promover nas redes sociais. Contudo, a prefeitura negou qualquer tipo de parentesco, esclarecendo que as fotos que ela usou para criar essa narrativa pertenciam, na verdade, à filha do prefeito, e não a ela. Esse caso tem gerado uma onda de repercussão negativa, evidenciando a questão da segurança no sistema de saúde e a vigilância necessária para evitar fraudes desse tipo. As investigações continuam, e a sociedade aguarda desdobramentos que possam esclarecer totalmente o alcance dessa complexa trama criminosa.